22.12.06

E Era Natal


Era véspera de Natal. Um jovem pai permanecia sozinho diante de uma lareira. Como era costume da família, sua esposa e filhos haviam ido sem ele ao culto vespertino na igreja. Não que ele fosse hostil acerca de certas coisas, ele somente via não sentido nelas. E ali permaneceu. De repente, ouviu uma agitação do lado de fora da janela: um pequeno bando de pardais procurando refúgio, atraído pela luz do fogo, batia repetidamente contra a vidraça. Sem poder fazer nada ele observava as pequenas criaturas exaustas começando a cair, uma a uma, sobre a neve. Subitamente ele teve uma idéia! E apanhando seu agasalho dirigiu-se, rapidamente, ao celeiro. Apressadamente, escancarou as portas, acendeu as luzes a fim de atrair os pássaros para o calor e segurança. Mas para a sua decepção, seus esforços somente assustaram-nos ainda mais. Até que finalmente desapontado retornou para dentro de casa. “Se eu pudesse fazê-los entender”, ele pensou. “Se pelo menos eu pudesse tornar-me um deles, certamente conseguiria conduzi-los à segurança”. Nesse momento, então, à distância ele ouviu os sinos da igreja começarem a tocar o Natal. Cada badalada parecia ecoar suas palavras. “Num deles... Num deles... Num deles...”. Foi aí que ele compreendeu. Havia uma razão para o Natal. Cristo veio à Terra para tornar-se um de nós, pois Ele poderia conduzir-nos à Eternidade. De joelhos, chorando, ele abriu seu coração para Aquele que tanto o amou. E, pela primeira vez em toda a sua vida, era Natal...