10.4.06

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Ela havia passado algum tempo no hospital se preparando para uma delicada cirurgia. Seu médico se compadeceu de sua condição e permitiu que ela passasse o feriado junto da família, no interior do estado. Toca o telefone: “Sim... Estou dentro do ônibus já. Atrasamos porque o trânsito aqui é sempre terrível, você sabe. Devo estar aqui de novo na segunda-feira de manhã, quando farei o último exame antes da cirurgia. Ah... Tive uma semana horrível. Muitas dores, chorei demais! Mas agora estou indo pra casa.”

Todo o seu relato parecia muito carregado de sofrimento. Dava pra perceber que ela sentia dores mesmo naquele instante. Contudo, sua última frase veio acompanhada de algo que parecia ser uma poderosa sensação de alívio: “Mas agora estou indo pra casa.”

Simples assim.